quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Descoberto planeta potencialmente habitável perto da Terra
Astrônomos americanos informaram nesta quarta-feira a descoberta de um planeta do tamanho da Terra e com condições de ser habitado em órbita de uma estrela próxima. O planeta, encontrado por astrônomos da Universidade Santa Cruz (UCSC), na Califórnia, e do instituto Carnegie de Washington, está localizado em uma "zona habitável" em órbita da estrela vermelha anã Gliese 581, o que significa que pode haver água em sua superfície.
A água líquida e a atmosfera são necessárias para que um planeta possa potencialmente ter vida, mesmo que não seja um lugar muito agradável para se viver, segundo os cientistas. Os pesquisadores determinaram que o planeta, batizado de Gliese 581g, tem uma massa de três a quatro vezes a da Terra e um período orbital de pouco menos de 37 dias.
Sua massa indica que provavelmente é um planeta rochoso com suficiente gravidade para possuir atmosfera, segundo Steven Vogt, professor de astronomia e astrofísica da UCSC e um dos chefes da equipe que descobriu o planeta.
Se Gliese 581g tiver uma composição rochosa parecida com a Terra, seu diâmetro seria de 1,2 a 1,4 vezes ao do nosso planeta. A gravidade na superfície seria igual ou um pouco maior à da Terra, o que significa que uma pessoa poderia andar a pé facilmente, segundo Vogt.
Gliese 581g foi descoberto por cientistas que trabalham no Lick-Carnegie Exoplanet Survey, que há 11 anos observam a estrela vermelha anã Gliese 581, localizada a apenas 20 anos-luz da Terra.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
É usuário Linux mas o Windows veio instalado no PC? Saiba que é possível pedir reembolso!
Código de defesa do Consumidor prevê que usuário tem o direito de escolher qual o sistema será instalado na sua máquina
Quando você compra um computador, muitas vezes ele vem com um sistema operacional já instalado, certo? Normalmente, é o Windows ou o Ubuntu, uma versão mais amigável do Linux. Muita gente nem sabe, mas a instalação do sistema operacional está longe de ser uma obrigação da fabricante. Pelo contrário: a obrigação é do usuário de escolher aquilo que ele quer instalado na máquina dele. Imagine a situação: você só usa software livre, não quer pagar pela licença do Windows, mas o fabricante te empurra uma máquina com o sistema operacional. Geralmente, isso significa uns 200 reais a mais na conta. O fabricante pode até dizer que é promoção e está te dando a cópia original, mas tem direito de escolher se quer ou não o sistema operacional no seu micro. O que fazer neste caso? Pedir um desconto, ou mesmo um reembolso? Pois é, saiba que você pode, sim, fazer isso. E mais: está amparado pelo Código de Defesa do Consumidor!
"No Brasil há a prática do que pedido de reembolso porque está protegido por lei, esse direito do consumidor. Não pode haver venda casada, e como as lojas ou os próprios fabricantes já ofertam o hardware com o software - sistema operacional -, se o consumidor quiser mudar e não aceitar aquela licença que foi colocada, ele tem o direito ao reembolso", alerta a advogada especialista em direito digital, Patricia Peck.
Mas para você não ter nenhum problema com a fabricante na hora de solicitar a restituição do dinheiro, a principal dica é não aceitar a instalação da licença no momento em que você inicia o computador pela primeira vez. Ao não aceitar, você já dá um grande passo para conseguir o reembolso. Mas o processo não para por aí.
"Você deve entrar em contato com o vendedor. Se ele comprou em loja ou se comprou diretamente com o fabricante, é ele (vendedor) o primeiro a ser contatado. Você registra a data e hora que você manifestou isso, se puder gravar, grave, se puder documentar por e-mail, documente. Esse é um pedido que precisa ser atendido. Se não for atendido no prazo de até 30 dias, aí é importantíssimo que o consumidor vá até o Procon, porque aí cabe ao Procon fazer esse contato. Já pode para a empresa gerar até uma multa, caso ela não cumpra. E (no Procon) deve levar sua carteira de identidade - seus documentos de identificação -, nota fiscal de compra da mercadoria, por isso a importância de pedir nota fiscal, de guardá-la, e qualquer outro tipo de documento, manual que tenha vindo na caixa quando você fez a compra do computador", aconselha a advogada.
Na prática, o que está amparado por Lei nem sempre funciona... A Léia mora na cidade de Maringá, no Paraná. Há mais de um mês, comprou um netbook da Lenovo com o sistema operacional Windows XP, da Microsoft. Léia preferiu recusar o software da Microsoft e decidiu usar o Linux. Ela seguiu todas as instruções recomendadas pela nossa advogada, mas até agora, mesmo depois de falar com diversas atendentes do call center da fabricante, ainda não conseguiu reaver o dinheiro do software que ela não quis instalar.
"Eu fui no Procon para tentar entrar em contato com eles (com a Lenovo), mas bem no dia que nós fomos no Procon, o 0800, na opção que eles falam para nós entrarmos em contato, que é a opção quatro, não estava funcionando. Eu tentei novamente entrar em contato com eles. Aí eles me passaram um outro contato, que é esse outro do qual o Marcelo se referiu, e que no caso liguei na hora nesse 0800 e eles só falam inglês ou então espanhol", conta a analista de RH, Léia Ribeiro.
Procurada pela reportagem do Olhar Digital, a Lenovo disse por meio de sua assessoria de imprensa que a empresa ainda não possui uma política definida sobre este assunto e que o caso está sob análise do departamento jurídico.De acordo com a lei, as empresas têm até um mês para fazer a devolução do dinheiro ao consumidor. E no caso do Marcelo, namorado da Léia, esse período foi respeitado. Após comprar um notebook Dell, ele optou por não instalar o Windows e logo entrou em contato com a empresa para dar entrada no processo de reembolso.
"Eu tive que devolver o meu computador e eles me mandaram outro computador sem o Windows instalado, no caso. Isso ainda levou uns 15 dias para acontecer. Depois eles abateram nas parcelas do meu cartão de crédito o valor do reembolso", explicao o administrador de Redes, Marcelo Vilar.
A Dell, aliás, está negociando com o Google nos Estados Unidos para disponibilizar, de fábrica, o sistema operacional Chrome OS em seus notebooks. A companhia também deu outro cutucão na Microsoft ao dizer publicamente que o sistema operacional de código-aberto Ubuntu é mais seguro do que o Windows. Seria o início do fim do monopólio?
Polêmicas e disputas à parte, o que importa é que o direito do consumidor precisa ser respeitado. Se você não quer o sistema operacional pago, corra atrás dos seus direitos! O que não vale é pagar por algo que você não vai usar.
Quando você compra um computador, muitas vezes ele vem com um sistema operacional já instalado, certo? Normalmente, é o Windows ou o Ubuntu, uma versão mais amigável do Linux. Muita gente nem sabe, mas a instalação do sistema operacional está longe de ser uma obrigação da fabricante. Pelo contrário: a obrigação é do usuário de escolher aquilo que ele quer instalado na máquina dele. Imagine a situação: você só usa software livre, não quer pagar pela licença do Windows, mas o fabricante te empurra uma máquina com o sistema operacional. Geralmente, isso significa uns 200 reais a mais na conta. O fabricante pode até dizer que é promoção e está te dando a cópia original, mas tem direito de escolher se quer ou não o sistema operacional no seu micro. O que fazer neste caso? Pedir um desconto, ou mesmo um reembolso? Pois é, saiba que você pode, sim, fazer isso. E mais: está amparado pelo Código de Defesa do Consumidor!
"No Brasil há a prática do que pedido de reembolso porque está protegido por lei, esse direito do consumidor. Não pode haver venda casada, e como as lojas ou os próprios fabricantes já ofertam o hardware com o software - sistema operacional -, se o consumidor quiser mudar e não aceitar aquela licença que foi colocada, ele tem o direito ao reembolso", alerta a advogada especialista em direito digital, Patricia Peck.
Mas para você não ter nenhum problema com a fabricante na hora de solicitar a restituição do dinheiro, a principal dica é não aceitar a instalação da licença no momento em que você inicia o computador pela primeira vez. Ao não aceitar, você já dá um grande passo para conseguir o reembolso. Mas o processo não para por aí.
"Você deve entrar em contato com o vendedor. Se ele comprou em loja ou se comprou diretamente com o fabricante, é ele (vendedor) o primeiro a ser contatado. Você registra a data e hora que você manifestou isso, se puder gravar, grave, se puder documentar por e-mail, documente. Esse é um pedido que precisa ser atendido. Se não for atendido no prazo de até 30 dias, aí é importantíssimo que o consumidor vá até o Procon, porque aí cabe ao Procon fazer esse contato. Já pode para a empresa gerar até uma multa, caso ela não cumpra. E (no Procon) deve levar sua carteira de identidade - seus documentos de identificação -, nota fiscal de compra da mercadoria, por isso a importância de pedir nota fiscal, de guardá-la, e qualquer outro tipo de documento, manual que tenha vindo na caixa quando você fez a compra do computador", aconselha a advogada.
Na prática, o que está amparado por Lei nem sempre funciona... A Léia mora na cidade de Maringá, no Paraná. Há mais de um mês, comprou um netbook da Lenovo com o sistema operacional Windows XP, da Microsoft. Léia preferiu recusar o software da Microsoft e decidiu usar o Linux. Ela seguiu todas as instruções recomendadas pela nossa advogada, mas até agora, mesmo depois de falar com diversas atendentes do call center da fabricante, ainda não conseguiu reaver o dinheiro do software que ela não quis instalar.
"Eu fui no Procon para tentar entrar em contato com eles (com a Lenovo), mas bem no dia que nós fomos no Procon, o 0800, na opção que eles falam para nós entrarmos em contato, que é a opção quatro, não estava funcionando. Eu tentei novamente entrar em contato com eles. Aí eles me passaram um outro contato, que é esse outro do qual o Marcelo se referiu, e que no caso liguei na hora nesse 0800 e eles só falam inglês ou então espanhol", conta a analista de RH, Léia Ribeiro.
Procurada pela reportagem do Olhar Digital, a Lenovo disse por meio de sua assessoria de imprensa que a empresa ainda não possui uma política definida sobre este assunto e que o caso está sob análise do departamento jurídico.De acordo com a lei, as empresas têm até um mês para fazer a devolução do dinheiro ao consumidor. E no caso do Marcelo, namorado da Léia, esse período foi respeitado. Após comprar um notebook Dell, ele optou por não instalar o Windows e logo entrou em contato com a empresa para dar entrada no processo de reembolso.
"Eu tive que devolver o meu computador e eles me mandaram outro computador sem o Windows instalado, no caso. Isso ainda levou uns 15 dias para acontecer. Depois eles abateram nas parcelas do meu cartão de crédito o valor do reembolso", explicao o administrador de Redes, Marcelo Vilar.
A Dell, aliás, está negociando com o Google nos Estados Unidos para disponibilizar, de fábrica, o sistema operacional Chrome OS em seus notebooks. A companhia também deu outro cutucão na Microsoft ao dizer publicamente que o sistema operacional de código-aberto Ubuntu é mais seguro do que o Windows. Seria o início do fim do monopólio?
Polêmicas e disputas à parte, o que importa é que o direito do consumidor precisa ser respeitado. Se você não quer o sistema operacional pago, corra atrás dos seus direitos! O que não vale é pagar por algo que você não vai usar.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Internet por redes de energia já é permitida no Brasil
A permissão concedida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na última semana, para a oferta de internet de alta velocidade (por banda larga) via rede de energia elétrica, conhecida como Power Line Communications (PLC), começa a mexer com os interesses das empresas de telefonia e de energia do País. A AES Telecom, do grupo AES Eletropaulo, que já investiu cerca de R$ 20 milhões em seu projeto de testes para o PLC, por exemplo, já anuncia negociação com três operadoras de telefonia, e aposta em que seu produto já estará disponível na prateleira de alguma delas até o fim deste ano.
Na mesma linha, a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) também realiza testes por meio de seu braço de telecomunicações, a Copel Telecom, com previsão de investir cerca de US$ 400 milhões no próximo ano.A Infovias, empresa de telecomunicações do grupo Cemig, começou os testes do PLC em 1999 e, em 2002, conclui que a operação seria positiva.
Nicolas Maheroudis, diretor de projetos de PLC da AES Telecom, explica que os projetos para testar a tecnologia de internet via rede elétrica começaram no fim de 2007, em cerca de 20 prédios residenciais em Moema, na capital paulista. Em 2008, a companhia expandiu a amostra para cerca de 300 imóveis, e afirma que está em fase de conclusão de resultados. "A finalidade agora é explorar o mercado das operadoras, finalizar os testes, o processo de homologação [de equipamentos] e colocar esses 300 prédios no mercado", disse o executivo.
Maheroudis não revela os investimentos previstos para a nova tecnologia daqui para a frente, mas adianta que está otimista. "Não posso falar de números, mas estamos acompanhando a demanda das operadoras. Vamos crescer em função dos casos de sucesso da região e dos nossos parceiros e clientes", afirmou.
Em São Paulo, onde deve ser lançado o primeiro produto da AES Telecom em parceria com uma operadora, a companhia disponibiliza 2.400 km de fibra ótica instalada. No Rio de Janeiro, onde atua com a marca AES Com, são cerca de 2.300 km. No primeiro semestre deste ano, AES Eletropaulo Telecom e a AES Com anunciam faturamento de R$ 99,8 milhões, um crescimento de 35% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Assim como a AES Eletropaulo, a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), também já atua com seu braço de telecomunicações, a Copel Telecom, há mais de dez anos. Segundo Orlando César de Oliveira, gerente do departamento de comercialização de serviços de telecomunicações da Copel, a companhia fez seu primeiro teste da tecnologia PLC em 2001, com equipamentos de primeira geração (1G) que, apesar de não serem os mais adequados, apresentaram indícios de qualidade da tecnologia. "O teste já apontava para oportunidade de uso da rede elétrica para acesso à internet", explicou Oliveira.
Plano de negócios
Desde então, a companhia passou cerca de quatro anos observando a evolução desta tecnologia e, em 2007, retomou o projeto de PLC, que foi dividido em três fases. A primeira delas com um teste de tecnologia, seguido de um teste comercial, para depois ser elaborado um plano de negócios para oferta do serviço.
A primeira etapa, iniciada em fevereiro deste ano, está em desenvolvimento na cidade de Santo Antônio da Platina, no Norte do Estado do Paraná. "O teste tem dois objetivos: atualização em relação à tecnologia do PLC e dos equipamentos envolvidos, e aquisição de know-how de implantação da tecnologia", revelou o responsável pela área na Copel Telecom.
A primeira etapa, iniciada em fevereiro deste ano, está em desenvolvimento na cidade de Santo Antônio da Platina, no Norte do Estado do Paraná. "O teste tem dois objetivos: atualização em relação à tecnologia do PLC e dos equipamentos envolvidos, e aquisição de know-how de implantação da tecnologia", revelou o responsável pela área na Copel Telecom.
O testes, que estão em processo de análise em 15 áreas da cidade (onde estão conectados cerca de 750 consumidores), demandaram investimentos de R$ 1 milhão. Para a segunda etapa, a dos testes comerciais, devem ser contemplados de 3 mil a 10 mil clientes, no próximo ano, sendo que o orçamento ainda encontra-se em aberto. Já a terceira fase, a do plano de negócios, também prevista para 2010, envolve aportes de cerca de US$ 400 milhões.
O programa de investimentos da Copel para o ano de 2009 foi de R$ 1,1 bilhão, dos quais R$ 16,6 milhões foram destinados à divisão de telecomunicações. A Copel Telecom está em mais de 200 cidades do Paraná, com uma rede de fibra ótica de aproximadamente 7.000 km e cerca de 700 clientes corporativos na carteira.
A Infovias, do grupo Cemig, depois da conclusão dos testes iniciais, em 2002, detectou o potencial da tecnologia. "Vimos que a tecnologia tinha um potencial para solução de acesso à internet de alta capacidade", disse Wanderley Maia, gerente de engenharia da Infovias. A companhia estacionou os testes até a aprovação oficial da Aneel, e está em processo de discussão sobre a viabilidade do projeto com a própria Cemig. A Infovias tem 3.500 km de redes de fibra ótica, em 25 cidades de Minas Gerais.
Fonte: DCI - 02/09/2009
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